quarta-feira, 8 de julho de 2009

Aqui O Furo é Mais Embaixo!


A quem realmente interessa o furo jornalístico? Aos leitores ou aos jornalistas e jornais?
Este jargão jornalístico ao mesmo tempo que excita a busca pelo novo e inédito, dando emoção ao jornalismo, acabou tornando-se mais um produto essencial no mundo mercadológico da informação.
A seguir, acompanhe alguns exemplos de furos atuais e antigos, que marcaram o jornalismo brasileiro. Fique por dentro também, de livros, sites e outros blogs relacionados ao assunto.
Ficam aqui então, informações e dabates, desafiando você leitor a refletir e opinar sobre o assunto, pois aqui, caros leitores, o furo é mais embaixo!


Divirta-se!


[Gurias do Furo é Mais Embaixo]

terça-feira, 7 de julho de 2009

Taekwondo Frederiquense.


Para você que acompanha o esporte do município de Frederico Westphalen, aqui vai uma quentinha:
Amanhã,08 de julho, ocorre o exame de troca das faixas de praticantes de Taekwondo do município.
O exame será realizado por um total de 80 alunos, sendo 40 destes, integrantes da academia Rede Mestre e os demais alunos participantes de um projeto solidário com crianças carentes, realizado pela própria academia. A ocasião contará com a presença da comunidade e da imprensa em geral, inclusive com a presença do Jornal Frederiquense e da RBSTV, de Passo Fundo.
A troca de faixa ocorre amanhã, as 19 horas no Ginásio Vermelhinho da colina no Clube Itapagé.
Então, já que ficou sabendo antes, confira o esporte de seu município!



[Gabriele Arcy]

O Caso Paula Oliveira









O caso Paula Oliveira, brasileira que afirmou ser agredida por skin-heads na Suíça, sofreu vários problemas na sua divulgação na mídia nacional brasileira. Já que
a cobertura dos fatos nos primeiros três dias, era afirmativa e enfática, com o passar dos dias tornou-se condicional e sempre citando a expressão “segundo o relato da vítima...”. Mudou o tempo verbal, mudou a postura narrativa, surgiram novas versões, veio a dúvida e a indecisão, e os repórteres mais afoitos sentiram-se na necessidade de ir mais devagar com as divulgações. Enquanto isso a imprensa suíça ataca a brasileira, dizendo que ela expôs o seu país ao ridículo. Com os dados hoje disponíveis, se Paula estava grávida ou não quando teria sido atacada pelos skin-heads alemães, colocado diante dos relatos das autoridades policiais suíças, nota-se a exaltação exagerada da mídia brasileira diante dessa situação. O mesmo se dá para as mutilações no corpo da brasileira (se foram resultado de automutilação ou da violência sofrida dos jovens neonazistas).
E aí vem a questão: o jornalismo pode esperar? A cobertura de imprensa, que é feita a cada dia, pode aguardar o dia seguinte? A tal cobertura “em tempo real” pode ser adiada? Este “não poder esperar” é mesmo uma característica da atividade de imprensa ou de certo um tipo de imprensa? Alguns profissionais, e mesmo alguns teóricos do jornalismo, dizem que o jornal tem que noticiar a partir dos primeiros indícios. Caso embarque em canoa furada, desmente depois. Outros, partidários do jornalismo investigativo, já são mais cautelosos com o andar dos fatos, conhecendo bem o caminho tortuoso das fontes e das assessorias. Voltando ao caso Paula Oliveira esse se complica, sente-se que as primeiras notícias foram açodadas. Na sua encenação ritual, em que fluem notícias a cada momento, as partes podem não significar o todo – os já ditos seriam notícias falsas ou contraditórias . A mídia, dotada de um discurso competente, acaba blefando, e aí as retratações valem menos do que as tomadas iniciais de posição. Ossos do ofício? Culpa das narrativas? Da mobilidade dos fatos? Do declínio do jornalismo investigativo? é o que fica no ar.




Renata Camargo

Mais uma nas redondezas...


Na véspera do dia 11, feriado de Corpus Christi a maioria dos alunos do CESNORS receberam feriadão de seus professores (!). Como já não era muito de se esperar a maioria pegou o destino de casa, para poder matar a saudade da mamãe e do papai 
E a maioria das pessoas que vivem nessa região de Frederico Westphalen também pegaram ônibus para visitar seus respectivos familiares. No entanto, possui somente um único ônibus para todo essa gente.

A empresa Planalto disponibiliza somente um ônibus para fazer esse trajeto de Iraí-Rio Grande, e como o ônibus é pinga-pinga para até onde Deus duvida.
Daqui de Frederico já saiu lotado com 8 pessoas em pé. Parou em Seberi, subiu mais 10, em Boa Vista da Missões mais 9 pessoas. Somando tudo isso significa que dentro do ônibus tinha 27 pessoas em pé.

Uma passageira indignada com a situação, pois estava colocando sua vida em risco e dos 72 passageiros que ali estavam (esmagados) denunciou para a Polícia Rodoviária Federal.
Na beira da estrada a polícia já alerta, ficou esperando nosso ônibus, quando o motorista foi avisado para encostar e levar o ônibus com todas essas pessoas para o posto rodoviário.
Chegando lá, além da multa que a empresa voltou, acabou fazendo o que deveria ter previsto. Trazer mais um ônibus de Iraí para acomodar aquelas 27 pessoas.

Tentamos falar com o motorista, mas ele não quis dar entrevista. Mas conversando com o Policial Rodoviário, ele nos disse que casos de super lotação sempre acontecem, e que as empresas preferem pagar a multa de R$ 80,00 a colocar outro ônibus a disposição de seus passageiros.
Após sermos esmagados, chegamos duas horas e meia após o previsto e pegamos a janta da mamãe fria!




Um abraço
Joana Frota

Furo de Proeminência – A morte do Rei do Pop – Michael Jackson

A morte de Michael Jackson, aos 50 anos, na última quinta-feira, 25, fez parar a internet. O caso aqui no Brasil tomou expansão quando a MTV Brasil deu em primeira mão aos brasileiros a informação que o Rei do Pop havia falecido. Aqui está um caso de furo de proeminência. Se tratando de um astro da música mundial, as especulações são muitas fazendo que nem a MTV acredite nos principais sites de fofocas dos EUA. Outra emissora que também não acreditou nas fofocas foi a Rede Globo. No Jornal Nacional do dia 25, Fátima Bernardes também anunciava que Michael havia sofrido apenas uma parada cardíaca, isso enquanto 99% dos sites já anunciavam a morte, no final do jornal, Fátima anunciou a morte do astro.


Pois então, a MTV foi a primeira a confirmar a morte aqui no Brasil. A seguir um vídeo de um programa ao vivo chamado “MTV na Rua”, onde a apresentadora Penélope vai informando aos telespectadores aos poucos, sem muito auê o que havia acontecido com Michael Jackson.



Apenas uma retrospectiva a você leitor sobre Michael. Michael foi um dos principais astros da música no mundo. Alvo principal de muitos escândalos, a estrela dentro dele nunca parou de brilhar. Michael artista desde pequeno, desde o tempo dos Jackson 5 (grupo composto com seus irmãos) marca gerações. O maior recorde de discos vendidos é dele (50 milhões de discos) com o álbum Thriller. E deixa um legado para a história do mundo com suas músicas e seus passos de dança como o Moonwalk.


Vai com Deus Michael


Joana Frota

Furo no Jornal Nacional!


Mikhail Gorbatchev surpreendia o mundo com sua ousadia e suas tentativas de reforma levaram ao término da Guerra Fria, levando também à dissolução da União Soviética. Gorbatchev e o então presidente dos Estados Unidos, Ronald Reagan negociavam, e a Rede Manchete foi a Moscou acompanhar o segundo encontro dos mesmos. Um sorteio estranho escolheu a Rede Globo como a única equipe a participar da entrevista oficial entre Reagan e Gorbatchev. De repente, no meio de assessores e seguranças, Gorbatchev aparece. Vendo o desespero dos repórteres da Manchete Gorbatchev parou e pediu a um de seus assessores que traduzisse as perguntas. O Jornal da Manchete pôs a entrevista no ar, horas depois. Ainda em Moscou, emissoras americanas queriam usar as imagens para mostrar que Gorbatchev era um líder que não tinha medo da mídia. O Jornal Nacional também usou as imagens gravadas pela Rede Manchete e deu a notícia. Azenha comenta que “um amigo, que comprou o livro sobre os 35 Anos do Jornal Nacional, brincou comigo: se houvesse um capítulo dedicado aos furos que o JN levou, a entrevista com Gorbatchev seria destaque.”

-Referências:
http://www.viomundo.com.br/bau-do-azenha/furo-no-jornal-nacional/

[Fabiana Pelinson]

Furo jornalístico dado pelo presidente do Grêmio!


A seguir, relato de um furo imprevisto, ofertado ao repórter pelo então presidente do Grêmio, Fábio Koff.

"Vivi uma situação como repórter que ilustra o inusitado da profissão, de como as oportunidades às vezes caem em nosso colo e precisamos estar preparados para transformá-las em notícia crível, checada. Em 1997, como repórter de A Gazeta Esportiva, fui cobrir uma partida entre Grêmio e Corinthians, pela Copa do Brasil, em Porto Alegre. Após a partida, no dia seguinte, eu precisava encontrar o ex-presidente do Grêmio, Fábio Koff, hoje no Clube dos 13.Ele vinha travando uma guerrinha pela imprensa contra o então presidente da Federação Paulista, Eduardo Farah. A pauta era repercutir essa questão política que, no fundo, era disputa por espaço.
Liguei para o escritório de Koff e ele estava atendendo a um colega meu de outro jornal, cujo nome eu vou omitir por questão ética. Esperei a entrevista terminar, quando me telefonou no hotel a secretaria de Koff, dizendo que ele não poderia me receber, mas me atenderia por telefone. Topei, já que tinha vôo marcado para São Paulo no início da noite e não poderia esperar. Esgotei o assunto e, quando ia agradecer, ele me surpreende com a seguinte pergunta: “Tu sabes me dizer se o Felipão já assinou com o Palmeiras?”, referindo-se ao técnico Luiz Felipe Scolari, que estava no Japão e vinha sendo sondado por vários clubes brasileiros, entre eles o Grêmio, à época comandada por Evaristo de Macedo.
Caiu a minha ficha de que, ali, ele estava querendo me utilizar, como dirigente do Grêmio, para tentar atravessar uma possível negociação com o Palmeiras, sabendo da enorme repercussão que haveria com uma matéria na Gazeta, naquela época ainda um jornal de boa representatividade.
Respondi e joguei a isca, embora não tivesse nenhuma confirmação. Eu senti que quem tinha a notícia era ele, e ele queria contá-la: “Pois é, doutor Koff, parece que está tudo certo, só falta divulgar”.Ele morder e disparou: “Falei com o Felipe ontem, ele, que me chama de pai, disse: ‘Pai, não tem como dizer não é muito boa a proposta.’”
Ainda busquei algumas outras confirmações e as obtive. Koff, como dirigente influente do Grêmio, o presidente que tinha dado o chance a Felipão, estava se lamentando comigo: “É uma pena o Grêmio perder o Felipe para outro time brasileiro. O Grêmio hoje é uma idéia, e essa idéia é do Felipe”, choramingou. Agradeci e disparei uma ligação para São Paulo, checando a informação com o setorista do Palmeiras a época, o repórter Marcelo Tieppo. Batemos a notícia com três ou quatro fontes e não havia erro: Felipão era técnico do Palmeiras. Cravamos a manchete, enquanto o concorrente deu uma entrevista boa, mas morna com Fábio Koff. Durante dois dias houve uma série de desmentidos, até mesmo do próprio Felipão, mas confiávamos nas nossas fontes e bancamos a história, embora sob ameaças da direção da redação. Em menos de duas semanas, Luiz Felipe Scolari foi apresentado como técnico do Palmeiras e admitiu que havia mentido para esconder a negociação. Mas por sorte, aquela notícia caiu no meu colo e foi checada por um companheiro atento, num trabalho de equipe que rendeu um dos últimos grandes furos da fase final de A Gazeta Esportiva."

[Maurício Noriega – Comentarista do Sportv]

-Referências:
BARREIRO, H.; RANGEL, P. Manual do Jornalismo Esportivo. São Paulo: Contexto, 2006.

[Fabiana Pelinson]