sábado, 4 de julho de 2009

Objetivo de todo repórter!

Paulo Vinicius Coelho, jornalista e autor do livro Jornalismo Esportivo, nos propõe um exercício. Não ler o jornal pela manhã. Ir ao trabalho, conversar com os amigos, levar a vida habitual. Se a notícia do dia for a contratação do Romário pelo Flamengo você certamente saberá detalhes conversando com um amigo ou ouvindo seu rádio. Se você não leu o noticiário, provavelmente ficou sabendo da notícia do mesmo jeito. Alguém relatou o assunto para você e claro, não informou a fonte.
Não nos importa quem divulgou a novidade em primeiro lugar, mas quem deu a notícia com mais detalhes. O leitor pode até reparar nisso ou naquilo, mas pouco sabe quem foi o repórter que a escreveu e se a informação estava apenas naquele jornal. Nenhum repórter pode viver sem procurar informação exclusiva. Não importa se o leitor dará conta da qualidade do repórter. O editor vai saber que pode contar com aquele profissional para as melhores pautas. Como comenta Paulo, dar furo essencialmente noticioso, é como fazer gol em campeonato que ninguém vê. Como ser artilheiro do Campeonato Estadual do Piauí. O jogador vai comemorar. A torcida do time dele vai saber todos os detalhes a respeito do craque. E isso não vai representar rigorosamente nada para ele. Uma seqüência de grandes informações exclusivas é mais importante, mas ao mesmo tempo muito difícil. O furo de reportagem continua sendo objetivo de todo repórter, mas não pode ser o foco da redação.
[Fabiana Pelinson]

- Referências:
COELHO, P. V. Jornalismo Esportivo. São Paulo: Contexto, 2006.

Nenhum comentário:

Postar um comentário